terça-feira, 5 de setembro de 2017

Correlação verbal


Ao elaborar um texto (escrito ou oral), existem algumas combinações verbais que devem ser respeitadas. É o caso das orações subordinadas adverbais condicionais somadas à oração principal. Exemplo:

Se chover, não sairei.

Nesse caso, a frase indica uma condição futura. Não é certo que eu sairei, depende se choverá ou não. Agora, eu posso reescrever essa frase da seguinte maneira:

Se chovesse, eu não sairia.

A ideia de condição futura ainda existe, mas a probabilidade de que chova e eu não saia é mais baixa. Observemos que essa alteração de sentido se deu por causa da mudança verbal.

No primeiro caso, temos a seguinte estrutura:

Oração condicional
Oração principal
Se chover,
não sairei.
Futuro do subjuntivo
Futuro do presente

No segundo caso, temos:

Oração condicional
Oração principal
Se chovesse,
eu não sairia.
Imperfeito do subjuntivo
Futuro do pretérito

Contudo, não é possível fazer uma combinação mista entre esses dois tipos de orações condicionais. Por exemplo:

Se chover, eu não sairia.

O motivo é porque existe internamente na frase uma incoerência quanto à possibilidade de chover e eu sair. Portanto, corrigindo a frase da notícia:


Se isso ocorrer, os pagamentos poderão ser iniciados antes do Natal.



A notícia citada acima contém mais um erro, você sabe qual é? Veja aqui.

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